Megaton foi um nome usado por várias bandas dentro do Heavy Metal, entre elas o Megaton Mexicano, formado em 88 e que só lançou um álbum, o Brasileiro que tocava Thrash Metal, o Argentino que tocava Heavy Metal, um Sueco que lançou um álbum em 95, entre outros.
Todavia, o Megaton que eu irei comentar nesse review é o que eu acredito ter sido o mais velho de todos, que foi formado em 1980.
Vinda de Londres, a banda Megaton é provavelmente uma das mais obscuras Single Bands da New Wave, e existem pouquíssimas informações sobre esse Power Trio.
A seguir, o review das duas únicas músicas lançadas pelo Megaton.
“Aluminium Lady” começa com um riffão bem rock and roll, mas o que me impressiona é esse começo bombástico…Sim eu disse bombástico!
Pra o leitor que está acompanhando a resenha e escutando a música isso pode soar estranho, mas eu explico.
Tire o foco do instrumental. O começo dessa música é um heavy com uma forte base rock and roll, mas bem básico, básico e preciso. O que eu acho que torna esse início dela bombástico, é a entrada fulminante do vocalista.
A voz dele não é um agudão poderoso, não é um gutural nervoso, ou mesmo uma voz belíssima. Ele apenas tem esse jeito peculiar de cantar, essa voz rouca, que quando você escuta no fone de ouvido, você sente a garganta do cara sendo forçada ao extremo, é como Brian Johnson do AC/DC, só que sem ser agudo. Some isso ao sotaque Britânico, e a todo o carisma desse cara. Sim, a interpretação desse vocalista, que é conhecido por praticamente ninguém, é fantástica.
Jeremy Nagle canta com muito feeling, às vezes ele me lembra Kevin, falecido vocalista do Quiet Riot.
O instrumental de “Aluminium Lady” também é muito preciso. Como são um power trio, a coisa acaba soando mais rock and roll, é um heavy matador, mas ainda assim um rock and roll dançante. Da pra bater cabeça e também para dançar.
Os gritos de Nagle são demais, e o seu baixo também não deixa a peteca cair.
Quando “Die Hard” começa, parece até que ela é a continuação de “Aluminium Lady”.
A batida das duas músicas se encaixam (o final de “Aluminium Lady” e o começo de “Die Hard”) , e “Die Hard” começa com um riff muito foda. Vejam bem, é um riff bem básico, mas é aquela coisa grudenta, que fica martelando, quase hipnótica, e quando entra a cozinha, aquela coisa dançante, muito bom!
Em “Die Hard” Jeremy Nagle se supera e canta de forma ainda mais louca.
O guitarrista Ross Torlak também da um show, e manda riffs precisos e bem encaixados, mas não para por ai, o solo também é digno de aplausos.
E a bateria? Também não deixa a peteca cair. Não soa de forma pesada, mas é extremamente precisa, se encaixa perfeitamente nas duas músicas.
E Ross Nagle também manda muito bem com o seu baixo, fazendo ótimas linhas.
Resumindo, “Die Hard” é uma mistura de rock com Heavy Metal acima da média, uma verdadeira escola de técnica e feeling na medida certa.
Chegando ao final dessa audição, eu concluo que o Megaton é o melhor exemplo para representar o que aconteceu com muitas bandas da New Wave. O Megaton é um estereotipo perfeito.
Vejam bem, eles só gravaram duas músicas clássicas e fantásticas, e musicalmente falando, após isso eles literalmente sumiram do mapa.
Uma pena, mas ficaram eternizados na história da N.W.O.B.H.M. E essa história, o H2R ajuda a manter viva.
Lista de Músicas:
01. Aluminium Lady (02:20) 9,25
02. Die Hard (03:12) 10*
Tempo total: 05:32
Nota: 9,75
Nota Re-Avaliada: 10*
Formação:
Jeremy Nagle– Vocal e Baixo
Ross Torlak- Guitarra
J. Gartland (Bill Collis?) -Bateria
Fatos e Curiosidades:
- Antes de formar o Megaton, Jeremy Nagletocava tocava em uma banda chamada Cork. Ele retornou ao Cork onde ficou em 1982/1983, e também foi guitarrista do Irlandês Driveshaft.
- A prensagem de AluminiumLady foi de apenas 500 cópias.
Creditos:
Por Victor Kataóka.